AKAL MURET SING
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“Meditação não serve para nada” falou o sábio. Para nada que pretenda encobrir a ignorância. Para nada que pretenda ser paliativo e contribua assim para ajudar o ilusório eu a se manter na mesmisse de sempre sem os efeitos colaterais dessa condição.
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Meditação de fato não é para que se pretenda amansar, acalmar, relaxar e então dormir melhor o sono existencial da ausência de si.
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Meditação não serve para seja lá o que for. Isto porque “servir” implica meta e então distância e então carência e todos os seus inevitáveis atropelos e jogos.
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Fazer algo que ”serve para” indica uma falta. A falta de si ou uma falta naquilo que se pensa ser. E então a ilusão de que algo vai aplacar essa ainda não reconhecida sede pelo infinito. Pelo infinito que se é e do qual se esta inconsciente de ser.
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Servir para algo é instrumentalizar a meditação e torna-la uma coisa útil. Um meio para um fim. …e nesse caso o fim para além da superfície é a mera manutenção da auto ilusão e do cada que um pensa ser…
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Meditação não é meio. É início e fim. É um primeiro e último passo. Um único e decisivo passo no abismo infinito de luz que é o próprio ser. Ser que é desde sempre ele mesmo para além de todo o pensar. O autentico ser! O ser próprio causa de si mesmo!
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Meditação é uma dimensão além da mente. Para além do eu baseado no tempo. Meditação é a ausência do meditador. É a absoluta presença sem início e fim!
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