Este é o seu cérebro em meditação

por: Whitney James

Achei o texto tão interessante que não pensei duas vezes antes de entrar em contato com o pessoal do blog pedindo autorização para traduzir e publicar aqui para vocês. A Stefanie e a Amanda foram muito cordiais comigo e prontamente autorizaram a publicação. Abaixo você confere o texto de Whitney James. Atualmente ela é uma caloura na Elon University, na Carolina do Norte.

“Se você é parecido comigo, também deve achar que a meditação parece um pouco irrealista: Você se senta completamente quieto, limpando seu cérebro de literalmente tudo…

Antes de pesquisar sobre meditação, tudo parecia um pouco exagerado, especialmente para mim, uma caloura na faculdade. Eu senti que definitivamente havia maneiras melhores de me acalmar depois das minhas aulas ou antes dos exames, mas estava disposta a tentar qualquer coisa. Minha mãe, professora de yoga, vem divulgando os benefícios da prática de meditação desde que nasci. Mas, sendo uma pessoa que tem que ver para crer, eu pesquisei online: “como funciona a meditação”… só para ver se realmente havia alguma ciência por trás disso. Para minha surpresa, a prova estava lá, por isso estou muito mais disposto a testá-la, sabendo que há ciência para apoiá-la.

Basicamente, existem cinco categorias diferentes de comprimentos de onda cerebrais: gama, beta, alfa, teta e delta. O objetivo da meditação é ir dos comprimentos de onda mais rápidos (Beta) para comprimentos de onda mais lentos (Alfa, Teta e Delta). Fazer isso acalma a mente, criando mais tempo entre os pensamentos e, portanto, mais oportunidade de escolher quais pensamentos você decide ouvir.

Em termos mais técnicos, praticando a meditação frequente, você e seu corpo realmente vão obter efeitos positivos visíveis.

1 – Seu córtex pré-frontal ventromedial e os centros de sensação/medo corporal normalmente têm uma conexão muito firme. A meditação faz com que essa conexão firme se solte ou quebre. É por isso que quanto mais você medita, mais a ansiedade diminui; você não mais assume imediatamente que um momento de medo ou uma sensação aleatória do corpo está indicando que algo está realmente errado ou que você está em perigo. A meditação permite que você não responda vigorosamente a sensações rápidas e aleatórias. Você ganha tempo para filtrar os pensamentos e escolher uma reação apropriada e menos reativa.

2 – Práticas frequentes de meditação criam uma conexão mais forte e saudável entre o Centro de Avaliação (no cérebro) e os centros de sensação/medo corporal. Isso permite que você olhe racionalmente para sensações corporais ou possíveis perigos sem reagir precipitadamente e pensar que algo está errado.

3 – A meditação fortalece o vínculo entre o córtex pré-frontal dorsomedial (a parte do cérebro que está envolvido na criação de um senso de si mesmo) e o centro de sensação corporal (que está envolvido com simpatia e empatia). Isso aumenta sua empatia, permite que você se coloque mais facilmente no lugar de outra pessoa e aumenta a compaixão.

Mas meditar uma vez ou raramente não terá efeitos a longo prazo. Através do conceito de neuroplasticidade, o cérebro pode rapidamente e facilmente reverter essas conexões para suas antigas formas de pensar e agir, se a prática da meditação não for frequente. Os caminhos neurais que você fortaleceu e os outros que você enfraqueceu retornarão ao seu estado original se você não continuar meditando. Minha mãe diz a seus alunos que deveriam meditar cinco minutos por dia apenas nos dias em que escovam os dentes (esperta, hein?).

Para ser honesto, assistir a alguns episódios da sua série preferida ou, percorrer a timeline do Facebook e Instagram ainda parece mais agradável do que sentar e meditar durante quinze minutos por dia. No entanto, agora que conheço os reais benefícios mentais e fisiológicos da prática frequente da meditação, sou muito mais propenso a me sentar e experimentar.

Enfim, ser um estudante universitário nem sempre é fácil, mas saber que minha mente e meu corpo vão se beneficiar se ao menos eu tentar meditar é um grande motivador… mas não diga à minha mãe que ela estava certa (de novo). ”

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